Tratamento de esgoto e água-20 anos para chegar a todos

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Tratamento de esgoto e águaTratamento de esgoto e água, a atual situação.  Nas duas maiores cidades do país, por exemplo, metade da população ainda não tem saneamento. E em muitas capitais não chega nem a isso. Outro problema é a falta de água encanada. Só em 22 cidades brasileiras todos os moradores recebem água na torneira. E as cidades onde os índices são bons parecem quase uma miragem.

A cidade paulista de Franca, com pouco mais de 300 mil moradores, tem níveis europeus de saneamento básico. As redes de água e esgoto atendem 100% da população. E o tratamento do esgoto está quase lá.
Franca é a campeã do saneamento básico do país, em um levantamento feito com as 100 maiores cidades brasileiras. No ranking das dez primeiras, sete são do estado de São Paulo. Outras duas, do Paraná. Uma delas é a capital, Curitiba.
Belo Horizonte também está bem colocada. Na capital mineira, a água encanada chega a todas as casas e a coleta de esgoto é total. A cidade fica devendo no tratamento. Mas está à frente de capitais maiores, como Rio de Janeiro, que só trata metade do seu esgoto, e São Paulo, que trata 52%.

Em comunidades da zona sul paulistana, moradores ainda convivem com lixo e esgoto a céu aberto.

Saneamento básico é o que mais falta”, diz uma mulher.
O estudo concluiu que o avanço das obras de saneamento básico é lento demais em boa parte das cidades. Nas últimas do ranking, entre elas, algumas capitais, pode levar mais de duas décadas para que água e esgoto tratados cheguem a todos os moradores.
Nessa lista estão Natal, Manaus, Teresina, Macapá, Belém e Porto Velho. Mas a cidade que teve a pior classificação foi Ananindeua, no Pará. Menos de um terço dos 482 mil moradores recebem água encanada. A coleta e o tratamento de esgoto é zero.
E também tem municípios de regiões prósperas entre os piores do ranking, como a catarinense Blumenau, que só coleta 7% do esgoto e trata menos de 6%.
“Eles não encanaram ainda o esgoto para nós pagar e ter o esgoto tratado. Estão prometendo que vão vir arrumar. Vamos ver”, afirma Maria Valtrick, aposentada.
Para o coordenador do levantamento, Gesner Oliveira, as obras de saneamento no Brasil caminham em marcha lenta não por falta de dinheiro, mas por falta de planejamento.
“A sociedade e os governos, as várias esferas precisam acordar para o fato de que o Brasil ainda não conseguiu oferecer à sua população, algo absolutamente básico que é serviço de água e serviço de esgoto. Se não tem coleta e tratamento de esgoto e se não tem agua de boa qualidade, muito provavelmente, vai haver doença, vai haver um problema sério de saúde”, afirma Gesner Oliveira, coordenador do estudo.

Em nota, a prefeitura de Blumenau afirma que a cidade conta hoje com uma cobertura de 30% da rede de esgoto. E que há cinco anos, esse índice não chegava a 5%. Também disse que em setembro, vai reiniciar a implantação de mais redes em outros bairros.
Já a prefeitura de Ananindeua, informou que aumentou a rede de esgoto de 6% para 12% em dois anos e que esse índice deve chegar a 20% no ano que vem.

Fonte G1

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